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it's carol

Um blog sobre tudo. Sobre o que me apetecer. Acima de tudo, sobre o que sou.

22.Jul.17

Sobre a série 13 Reasons Why [sim, só agora!]

[este post não contém spoilers, podes ler à vontade!]

 

4 meses depois de todas as pessoas verem. 4 meses depois de todas as pessoas dizerem o que tinham a dizer. 4 meses depois de todas as pessoas terem uma opinião muito vincada sobre o assunto. 4 meses depois de estrear a série 13 Reasons Why [vista por todas as pessoas a quem me referi anteriormente] chegou a minha vez de ver e [já agora] ter alguma coisa a dizer sobre o assunto. Gostei. Não de tudo, mas gostei. Nunca li o livro [talvez pense em fazê-lo brevemente] por isso não posso comparar as imagens às palavras que deram origem à série. No meu ponto de vista, a série está realmente bem estruturada, isto é, a montagem do passado com o presente, a forma como passamos de um tempo para o outro, a ligação entre tudo e todos, a forma física como os tempos se transformam à frente dos nossos olhos. Apreciei bastante essa parte técnica que [e digo-o na ignorância de perceber pouco sobre o assunto] considero um dos segredos para o sucesso de 13 Reasons Why. Ainda que inconscientemente, talvez tenha sido esse o lado que pesou mais na balança e fez com que todas as pessoas [todas não, mas muitas delas] ficassem agarradas a esta série. Provavelmente, mais do que a própria história. Aí há algumas coisas com as quais discordo ou não gosto tanto. Para quem nunca viu [muito resumidamente] esta série tem 13 episódios, cada um deles destina-se a uma cassete que Hannah Baker gravou antes de se suicidar. 13 episódios, 13 cassetes, 13 razões que justificam o suicídio de Hannah. A controvérsia começa quando a serie relaciona temas como o suicído, a adolescência, o liceu e os jovens. Encarei 13 Reasons Why como um alerta, uma chamada de atenção para os jovens não desistirem ao primeiro obstáculo que encontram, para pedirem ajuda quando precisarem de o fazer, para nunca se sentirem sozinhos, para se ajudarem entre si e não o contrário. Não vi a série à procura de motivos que justifiquem pôr fim à própria vida [uma das maiores críticas feitas por parte dos cibernautas]. Acho, em alguns momentos dos primeiros episódios, que as razões que Hannah apresentava como sendo os motivos para se matar eram obviamente exageradas, mas isso só demonstra como ela não se encontrava emocionalmente bem e como era uma rapariga pouco estável [e com muita tendência para dramatizar]. O final deixa um caminho que pode ser explorado de muitas formas na próxima temporada [já confirmada e com estreia marcada para 2018]. Fiquei curiosa e até surpreendida por ter gostado. Apesar da forte carga emocional, principalmente nos últimos episódios, a série não é nenhum filme de terror e o drama que carrega está distribuído por cenas com intensidades muito diferentes. E voltamos à estrutura [que para mim fez toda a diferença]. Não, 13 Reasons Why não dá a ninguém 13 razões para cometer um ato como o suicídio. Quanto muito, esta série coloca em cima da mesa 13 [ou mais] razões para estarmos atentos a nós e a quem pode estar a precisar de ajuda.

 

Fico à espera da 2ª temporada. Aquela que todas as pessoas irão ver 4 meses antes de mim. Gosto de deixar a poeira assentar e poder ver tudo ao meu ritmo. 

 

Carol

 

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