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it's carol

Um blog sobre tudo. Sobre o que me apetecer. Acima de tudo, sobre o que sou.

25.Mai.18

Os mais prejudicados das piadas secas

Aviso: Este post pode conter linguagem imprópria. Se, ainda assim, decidires continuar a lê-lo, faz-te acompanhar por um copo de água, evitando ficar com a garganta seca. Na pior das hipóteses, pode surgir uma vontade inexplicável de rir. Assim seja. Já que leste até aqui, passemos ao que realmente interessa. 

 

As piadas secas estão na moda. Estão em todo o lado. Há batalhas de piadas secas, sabiam? Não sei se isto é novo, se eu é que demorei a perceber. Mas, secas ou não, há algumas que têm realmente piada. Outras... coitadas. Agora estou mesmo viciada nisto. Como a memória é fraca, posso ouvir a mesma pergunta várias vezes que nunca me lembrarei da resposta e continuarei a rir como se a estivesse a ouvir tudo pela primeira vez [defeito meu, tenho noção disso!]. Então, percebi que os prejudicados são sempre os mesmos. 

 

O menino Joãozinho. Aquele clássico que resulta sempre. Agora arranjou um cão e decidiu chamar-lhe Cu. Todos os dias dizia "Cu, deita. Cu, senta". A mãe, farta, avisou-o: "Se voltas a chamar-lhe isso, vou dá-lo ao vizinho". E ele continuava "Cu, deita. Cu, senta.". Um dia, o pai chega e pergunta "Onde está a tua mãe?" e ele responde "Foi dar o Cu ao vizinho". Uma das minhas preferidas. Mas há outras. Os clássicos do pequeno João na escola. A professora pergunta "Menina Joaninha, o que quer ser quando for grande?". "Quero ser mãe!", responde. "Muito bem. Menino Joãozinho, o que quer ser quando for grande?" e ele responde "Quero ajudar a Joaninha a concretizar o sonho dela!".

O álcool. Sempre inserido nos diálogos entre pais e filhos. "Filho, essa festa vai ter álcool?", "Não, mãe", "Tens a certeza?", "Absolut, podes ficar tequila.". Mas há mais. "Pai, o álcool danifica a memória?", "Que eu me lembre, não". 

Os médicos. Alvos de piadas maldosas, mas ninguém leva a mal porque rir faz bem à saúde, não é? O paciente pergunta quanto tempo de vida lhe resta e o médico responde "Dez...". "Dez quê? Anos? Meses? Semanas?". O médico prossegue "Nove...". A psiquiatra também costuma estar em destaque com um humor meio maluco. "Senhor Doutor, eu acho que sou um cão", "Há quanto tempo acha isso?", "Olhe, desde que eu era um cachorrinho". 

As loiras. As piadas que as mulheres detestam porque são, muitas vezes, o impedimento de uma mudança de visual. "Uma loira está numa ilha deserta a 50 km da costa. Nadou 25 km. Cansou-se. Voltou para a ilha". Talvez os cabeleireiros não apreciem muito este tipo de humor. Ser loira já é quase mais uma premissa para uma piada do que uma cor de cabelo. "Vira-se uma loira para a outra: Aposto que não adivinhas quantos rebuçados tenho na mão. Se adivinhares, eu dou-te um e fico com o outro". Não merecem. As morenas, as ruivas e todos os outros tons estão convosco nesta luta. 

O cúmulo. As típicas questões que não passam de moda, mas que às vezes já não têm piada nenhuma. É o cúmulo da parvoíce. Vejam se não estou certa: "O cúmulo da estupidez são dois carecas a lutar por um pente" e "o cúmulo da Joaninha é comprar um creme para os pontos negros". E o cúmulo do egoísmo? Não digo. 

Os trocadilhos. Cada vez mais na moda. Rebuscados. Muitas das vezes exigem alguma concentração. "Quantos toques dás com a bola? O Leonardo da Vinci". "Quem peixe procura, peixe acha". Eu avisei. Estas têm de ser bem contadas. Ou então quem vos escuta faz como a hortaliça surda, finge couve. 

O Artur. Já não ficamos só pelo diminutivo de João, outros nomes estão a começar a ser também prejudicados. "Mãe, compra-me um soutien, já tenho 13 anos.", "Não", "Vá lá, mãe, todas as meninas da minha idade já têm um!", "Já disse que não, Artur". Ai Arturito, Arturito!.

 

Intervenho em defesa dos afetados. Estes são apenas alguns exemplos. Não quero estar a expor todos de uma só vez, mas há mais, muito mais. Haja sentido de humor, que uma reunião destes elementos todos faz o resto. No fundo, é só uma fase, não é assim? Tudo na vida é passageiro... menos o motorista. 

 

Carol

 

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