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it's carol

Um blog sobre tudo. Sobre o que me apetecer. Acima de tudo, sobre o que sou.

31.Ago.18

Onde é que ficou a capacidade de acreditar?

Devíamos acreditar mais. Em tudo. Há uma parte da nossa capacidade de acreditar que vai desaparecendo com o tempo, como se os dias fossem ladrões de crenças. Deixamos de querer voar ou ser invisíveis. Deixamos de acreditar no "era uma vez" e nos finais felizes. Acabamos por criar a categoria isso-só-acontece-nos-filmes porque crescemos e achamos que deixa de fazer sentido acreditar nas pessoas que saltam por cima de carros em plena autoestrada. Deve ser por isso que as crianças são felizes com menos. Elas acreditam. E nós, que achamos que sabemos sempre tudo, consideramos que elas se iludem. Não, nós é que nos desiludimos. Tudo seria diferente se acreditássemos, se nos permitíssemos ver a magia das coisas ao invés de procurarmos o seu lado racional. Queremos uma explicação para tudo. Se é assim, eu quero que me expliquem porque é que não acreditamos nos outros ou porque sentimos que não acreditam em nós. De acreditar passamos a duvidar. O nariz não cresce se contarmos uma mentira, os sapos não se transformam em príncipes se beijarem a princesa, não ficamos com os olhos mais bonitos se comermos cenouras. Qual é a piada de viver num mundo assim? Quero mudar-me rapidamente. Questionamos tudo e, se não virmos, se não for palpável, então não acreditamos. O que é que se passa? Acreditar é um desafio muito maior, e mais difícil, do que esse de questionar. Sempre me ensinaram a acreditar num mundo que acreditava nos outros e em mim. Será que mudei de planeta e não acredito? Só quem acredita consegue sonhar. E, não sei quanto a vocês, mas eu sempre sonhei alto. Tocar na lua virá por acréscimo. Não acreditam? 

 

Começo a achar que só não pomos o Pai Natal em causa porque, quando vem, não vem de mãos a abanar. Ao menos isso. Devíamos acreditar mais. Em tudo. 

 

Carol

 

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