À distância de dias positivos #Slide2
Tal como prometido, estamos de volta para o “Slide 2” deste diário partilhado.
O Soldado M. hoje não tinha muito para contar. O entusiasmo de andar a rondar, mais perto que nunca, um ambiente positivo está a dissipar-se quase tão depressa como quando sopramos um dente-de-leão. É a normalidade a querer instalar-se de novo no lugar de onde nunca queria ter saído, parece-me. Com a pequena diferença de que esse lugar está agora um pouco mais apertado.
Conclusão do segundo dia positivo: está tudo igual a ontem... contudo, menos animado. E claro que há um motivo para isso, para além daqueles que já enumerei. Hoje é uma véspera histórica para os Soldados [eu sei, as expectativas estão muito elevadas para o “Slide 3”, vamos ter de esperar].
Por que é que é uma véspera histórica? Porque amanhã é o dia de testar se a positividade foi distribuída de igual modo por todos os Soldados ou se, no mesmo campo de batalha, há espaço para polos opostos. Porque amanhã é a primeira vez na vida do Soldado M. em que este se submete a um teste e tudo o que mais ambiciona é obter um resultado negativo [algo que a versão Aluno-de-Excelência-Soldado-M nunca conseguiria compreender, podem ter a certeza!]. Porque amanhã é o primeiro dia em que todos os soldados saberão o que é desfrutar de uma liberdade totalmente condicionada pela incerteza. Ah, e porque amanhã é dia de levar o lixo [que, coitado, não estava preparado para um confinamento tão repentino].
O Soldado M. acrescentou pouco mais. E eu também não quis insistir. Isto de tentar ser uma pessoa positiva quando tudo o que se deseja receber é uma negativa também tem que se lhe diga.
Desejem-lhe sorte, que na noite passada o Soldado M. sonhou que estava com 52º de febre e, quer dizer, há limites para tudo, certo?
O “slide” de amanhã promete.
Tenham um dia bom. Se possível, não positivo. Apenas bom.
Mantenham-se firmes, soldados do mundo.
Carol e Soldado M. [do outro lado da linha]
[Podes espreitar todos dias positivos aqui]