Sou uma sonhadora compulsiva. Tenho sonhos. Muitos. Alguns esqueço, outros estão constantemente na minha memória. Os primeiros [aqueles que esqueço] costumam aparecer à noite e desaparecem ainda antes de os poder tapar com os lençóis enquanto faço a cama. Os segundos [aqueles que a memória não apaga] aparecem de dia e adormecem comigo depois de o sol se pôr. Sonho com muito. Sonho que fujo, salto, corro, rio, choro, estou sozinha, acompanhada, em casa, na rua, na faculdade, num (...)
Em conversa com os meus amigos [aquelas conversas que metem ao barulho todo o tipo de assunto a que ninguém consegue ficar em silêncio] questionámo-nos sobre como vamos ser quando formos velhos. Temos 19 anos. Gostamos de pensar muito à frente. Começámos a imaginar-nos com 80 anos. Chegámos à conclusão que vamos ser uns velhos muito avançados para o nosso tempo. E como é que chegámos a esta conclusão? Simples. Quando formos velhos vamos dizer coisas como "ya", "bué", "lol" e (...)
Não queria ouvir. Mas ouvi. E ainda bem. Cruzamo-nos com conversas por aí e eu cruzei-me com uma que me ofereceu uma frase maravilhosa. Apontei-a à pressa antes que a memória me falhasse. E venho partilhá-la convosco. Porque sim, apenas por isso. Sem tirar nem pôr, soou tão bem. Soou assim: "uma pessoa que goste de nós e uma casinha com um teto sabe-nos a pouco, mas faz-nos muita falta". Foi sincera. E tocou o coração. O meu, o de quem a disse e o de quem a ouviu. Quando estamos (...)
Os meus últimos dias têm-se resumido muito a estar na universidade [para não dizer: viver na universidade]. Sou das primeiras a chegar [sempre que os transportes cooperam] e muitas vezes fico até ao fim [tipo, final da tarde/início da noite]. Que eu saiba, não há nenhuma competição a decorrer para "Quem passa [e se passa!] mais tempo na universidade", mas se houvesse eu ficaria num lugar do pódio, podem ter a certeza. O que quero dizer com tudo isto é que passo o dia aqui [estou cá (...)
Hoje [de acordo com a Rádio Comercial] é "dia das desculpas para faltar ao trabalho". E, acreditem, [hoje] não me faltariam desculpas para não pôr os pés na faculdade. Para começar, é quinta-feira [qualquer dia da semana, principalmente os do fim, são bons para ficar por casa]. Depois, houve greve na Soflusa [bela greve, sim senhora!] e (...)
O que é que está a acontecer? Mas que mundo é este? Que pessoas são estas? Porque é que não há respostas para estas perguntas? Porque é que têm de haver estas perguntas? Porquê? [permitem-me que seja egoísta] Mas já que só cá vivemos uma vez, então que seja para aproveitar a sério. Quero poder sair à rua sem medo de não regressar a casa, quero poder viajar sem ter receio deixar a viagem a meio, quero poder encontrar-me com amigos em sítios onde outras pessoas também se (...)