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it's carol

Um blog sobre tudo. Sobre o que me apetecer. Acima de tudo, sobre o que sou.

26.Abr.19

4 dicas para quem escreve num blog

Há quase três semanas que não escrevo no It's Carol. Mentiria se dissesse que esta ausência se deve à minha falta de tempo, mas a verdade é que me tenho entregado a outras ocupações, uma delas tem sido, pura e simplesmente, descansar. Mesmo sendo eu uma pessoa bastante organizada e que gosta de planear com detalhe as obrigações a que se compromete, por vezes sinto que parar é um passo fundamental para estar apto a prosseguir. Encaro-o como uma pausa para respirar. 

 

Neste espaço de tempo [no qual passei muito pouco tempo por aqui], várias vezes pensei em temas sobre os quais poderia escrever, recorri a ideias que tenho anotadas e até iniciei novos posts. Contudo, nenhum fluía com a naturalidade que alimenta o It's Carol há 2 anos. E quando as palavras, que andam sempre de mãos dadas comigo, se retraem, sinto sempre que, não as evitando, lhes [nos] devo dar espaço até que, naturalmente, voltemos a caminhar lado a lado. Acho que foi isso que aconteceu quando comecei a escrever este post. Então pensei: porque não escrever, com conhecimento de causa, sobre como devemos enfrentar estes momentos em que nem uma folha em branco é suficiente atrativa para despertar a nossa criatividade?

 

 

As palavras [em forma de conselhos] que hoje aqui escrevo são dirigidas a todos, mas principalmente àqueles que não sabem por onde começar, como recomeçar ou porquê continuar a escrever num blog [e não só]:

 

- Cumprir prazos não é o mais importante. Tenham consciência, à partida, de que não existe problema nenhum em, de repente, ficar sem nada para escrever, mesmo quando o objetivo é manter um blog ativo. Muitas vezes, é preferível não publicar nada num dia em que, supostamente, seria publicado um novo post, do que publicar um conteúdo sem sentido, arranjado à última da hora, apenas para garantir que os prazos são cumpridos. Uma das vantagens de gerir um blog, é podermos, nós mesmos, estabelecer os nossos próprios prazos. Saibamos tirar proveito deste ponto a nosso favor. Aproveitem o "dia que falharam" para surpreender o vosso público com um conteúdo que, de alguma forma, recompense ambas as partes. Lembrem-se [sempre!] que o vosso cantinho online está, primeiramente, dependente de vocês mesmos. Para o "alimentarem", antes têm de se "alimentar" também. 

- Aproveitar as atividades que nos fazem sentir bem. Sempre que sinto que, num qualquer momento em que me distraí, me roubaram a criatividade [e penso: será que alguma vez a tive comigo?], defino um caminho a percorrer e no qual penso que a posso reencontrar. Por norma, a minha fórmula passa por estabelecer um equilíbrio entre algumas atividades: ler, assistir a filmes/séries, ouvir música/podcasts, rabiscar ideias soltas no bloco de notas do telemóvel, navegar aleatoriamente na internet, fotografar e passear. Sempre numa medida adequada, acredito que todas as atividades que consideremos prazerosas, que despertem o nosso interesse e que nos desafiem, podem estimular a nossa criatividade. Por muito que nos ela nos pertença, também precisa de ser fomentada [sem ser forçada] para "funcionar" em pleno. Já para não falar de que das atividades que mais nos interessam, podem advir conteúdos bastante aliciantes. 

 

- Anotar [sempre!] as ideias que surgem. Há dias em que parece que até os detalhes mais invisíveis da vida dariam o melhor post que alguém, alguma vez, leu. Outros dias, parece que a vida tornou invisível todo e qualquer tema, deixando muito pouco para dizer sobre ele. Para evitar que a falta de temas seja um problema que vos impede de escrever, sempre que vos ocorrer uma ideia [por mais disparatada que, inicialmente, vos pareça], não a deixem escapar e guardem-na. Tenho muitas frases soltas escritas no bloco de notas do telemóvel à espera de uma oportunidade para se tornarem palpáveis. Algumas já se revelaram bastante interessantes e chegaram mesmo a ser publicadas, outras nem por isso. O mais importante é que este exercício de "colecionar assuntos" pode revelar-se a solução para os dias em branco. Muitas vezes, a partir das ideias iniciais, surge algo ainda melhor [regra a cumprir: nunca apagar temas sobre os quais achamos que nunca iremos escrever].

 

- Ser autêntico e perceber que é importante desfrutar do nosso próprio ritmo. Aliando os dois últimos conselhos, não há melhor dica que possa dar que não seja referir o quão importante é ser o mais genuíno possível e escrever sobre os temas que, de alguma maneira, nos tocam e não nos são indiferentes. Não é dificil perceber. Quanto mais à vontade a falar sobre um determinado assunto, mais motivados nos sentimos, mais criativos seremos, mais saberemos sobre aquilo que estamos a dizer e mais honestos [connosco e com os outros] estaremos a ser. E é precisamente de todas estas características que um blog precisa. Quando há verdade, podem existir prazos por cumprir,  fórmulas que não funcionam, temas que não surgem e falta de criatividade. Claro que tudo isto pode e deve existir. É importante pararmos, afastarmo-nos e, mais distantes, conseguirmos olhar através de uma outra perspetiva para tudo aquilo que ficou para trás, que criámos e que nunca teria existido se não lhe tivessemos dado vida. O público é extremamente importante, sim. Mas nós, os que estão por detrás de tudo [muitas vezes a cumprir metas que estabelecemos só para nós], somos a base. E a base também precisa de se fortalecer. Porque ainda há muito para ser feito. Parar de vez em quando não significa parar para sempre.

 

 

A verdade é que não há um segredo para manter a regularidade das publicações num blog. Mesmo com muita organização e tempo dispendido, há momentos que estão fora do nosso controlo [inclusive aqueles que controlam a nossa criatividade]. O melhor conselho que vos posso dar é: sejam vocês mesmos e escrevam sobre aquilo que bem vos apetecer [só assim terão um público igualmente genuíno], quando vos apetecer. Numa situação em que as regras estão nas nossas mãos, que saibamos aproveitar um fator que nem sempre reconhecemos como uma vantagem, conciliando a liberdade, a responsabilidade e o compromisso. Acreditem, não estamos a falhar com mais ninguém, se não nos comprometermos connosco próprios primeiro. 

 

Estive ausente, mas agora estou de volta, com muitas saudades de teclar em conjunto convosco. 

 

Carol

 

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