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it's carol

Um blog sobre tudo. Sobre o que me apetecer. Acima de tudo, sobre o que sou.

05.Fev.19

Às vezes, também é bom estar de volta

Às vezes, é só a força do hábito a dar de si, a dizer que também precisa do seu tempo, mas para não lhe darmos tempo suficiente para que perca força e deixe de ser um hábito. Às vezes, é só a saudade a escrever-se antes que possamos sequer pegar numa caneta. Às vezes, é só a necessidade a apresentar-se em primeiro lugar e a mostrar-nos que nem sempre o que nos apetece é o que necessitamos. Às vezes, são só os dias a seguirem o seu rumo e nós a fazermo-nos despercebidos enquanto remamos na direção que nos parece mais apelativa.

 

Não sei o que é. Às vezes, os regressos são só isso, mas também são mais. E, muitas vezes, são as rotinas a mostrarem porque gostamos de as repetir tantas vezes até as tornarmos nossas. Claro que no universo-dos-rotinados sou a favor das interrupções, das mudanças esporádicas e das surpresas de última hora. Porque tenho um argumento que defendo com unhas e dentes: sabe bem regressar para matar saudades. E, crimes à parte, as saudades têm um sabor especial quando são provocadas por lugares que nos fazem sentir bem. 

 

É mais fácil não ter horários, não saber que filme ver ou que livro ler, alternar entre o sofá e a cama e não conseguir descrever o quão bom é estar de férias. Mas deixem-me aproveitar a nostalgia que me invadiu depois do primeiro dia de aulas do segundo semestre. O caminho, os lugares, as caras conhecidas, os sons, os cheiros e a organização dos dias. É um regresso especial, confesso. É o meu último semestre da licenciatura. Às vezes, pode ser só a força do hábito, a saudade ou a necessidade de voltar. Outras vezes, os regressos são a consciência de sabermos que, mesmo depois de uma pausa, tudo continua igual, que continuamos a pertencer àquela rotina, e vice versa. 

 

Às vezes, é só a vontade de voltar a ouvir o despertador a tocar de madrugada. E quando essas vezes forem suficientes para me lembrar como é bom estar de férias, aí sim, a vida volta [e volta] a fazer sentido. 

 

Carol

 

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