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it's carol

Um blog sobre tudo. Sobre o que me apetecer. Acima de tudo, sobre o que sou.

27.Jul.18

Mamma Mia! Lá fui eu novamente!

 

Estive no dia da estreia. E voltei depois. Assisti duas vezes a Mamma Mia! Here We Go Again no cinema. Ainda querem saber se gostei? Eu adorei! É difícil escolher entre o primeiro e, agora, o segundo filme, mas confesso que começo a ter um fraquinho pela sequela. É tão boa, tão fácil de ver e acompanhar o passado e o presente da história, tão descontraída e, acima de tudo, tão feliz que é impossível não ficarmos felizes também. É o musical deste verão. As músicas não são uma surpresa, porém são surpreendentes as suas interpretações. A banda sonora está disponível online e eu não consigo parar de a ouvir [é até enjoar, já sei como funciona]. Entre todas as músicas, destaco as que mais me perseguem: "I've Been Waiting For You" [é uma das minhas cenas preferidas], "My Love, My Life" [uma das cenas mais bonitas do filme, mas não quero estar aqui a fazer spoilers], "When I Kissed The Teacher" [não haveria maneira melhor de conhecermos a nova protagonista, a Donna do passado] e "Andante, Andante". Algumas cenas são tão hilariantes que só apetece dançar também, como aconteceu com "Dancing Queen", que colocou a senhora que estava sentada ao meu lado a fazer a coreografia do filme como se a sua vida dependesse daquele momento [e foi só uma cena para acrescentar à lista-de-coisas-estranhas-que-podem-acontecer-numa-sala-de-cinema].

 

 

Tenho de falar no casting. Não me falharam. Adoro o primeiro filme e, talvez para não me sentir dececionada, não criei muitas espectativas relativamente à sequela. Qual deceção qual quê! Acertaram em cheio nos novos atores. A caracterização apanha os pontos essenciais das personagens, permitindo-nos perceber, imediatamente, quem é quem. Bem como o porquê de a Donna ter ainda mais amores do que os da música de Marco Paulo [ela teve muito bom gosto, foi o que foi!]. A própria escolha para a jovem Donna revelou-se uma boa surpresa. Lily James agarrou com unhas e dentes o papel que lhe foi dado e mostrou bem como é que se canta [bem!], dança [bem!] e representa [bem!] como se nada fosse. Fiquei fã! A participação de Cher anima ainda mais os ânimos e dá para dar umas boas gargalhadas. Os old school também não me deixaram ficar mal. Há como não adorar as duas amigas "passadas da cabeça", interpretadas por Christine Baranski e Julie Walters? E o trio de atores [que, aqui entre nós, não cantam, mas encantam] Pierce Brosnan, Colin Firth e Stellan Skarsgård? Se já era fã da Sophie, achei que a atriz Amanda Seyfried não podia estar melhor neste filme [não me tinha apercebido que ela cantava assim tão bem!]. Quando a Meryl Streep, a estrela, a insubstituivel, faço-lhe uma vénia [e mais não digo, vejam o filme!]. 

 

Mamma Mia! Here We Go Again é um musical excelente para quem aprecia o género. O estranho caso em que a sequela não fica nada atrás do primeiro filme. Se gostam, nem pensem duas vezes e vejam. Os cenários, as cores, as músicas e as quase duas horas que em que não pensamos em mais nada [a não ser no porquê de não vivermos numa ilha daquelas, com aquelas roupas coloridas, rodeadas de bons rapazes enquanto a vida passa e nós cantamos e dançamos em sintonia com o resto da população]. Este é um daqueles filmes que vale ainda mais se for visto no grande ecrã. 

 

Aceito convites para ir ao cinema [novamente!]. Preparem-se que já sei tudo de cor,

 

Carol

 

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23.Jul.18

O poder de um postal

Diz, quem sabe, que o mundo é redondo. E, pelas voltas que a vida dá, sou capaz de acreditar. Se é plano, não me pertence, já que saiu fora dos meus planos ao descobrir parte de si num postal no interior da minha caixa do correio. Um postal [sintam a excitação, por favor!]. Escrito à mão. Com selos. Vindo diretamente do Dubai. Com uma mensagem de uma das minhas melhores amigas. Não sei como reagir. Devo conseguir contar pelos dedos das mãos o número de vezes que recebi postais [para não falar de um lugar tão distante]. Esta aconchegou o coração de quem não troca um teclado por uma caneta e uma folha de papel. Reparei, pela data, que demorou quase um mês a chegar. Se fosse uma mensagem urgente, teria chegado por whatsapp, esse correio instantâneo até no recanto mais escondido deste mundo e do outro. Mas chegou e funcionou como um bilhete de avião para o Dubai, ainda que esteja parada e enternecida a olhar para ele no lugar em primeira classe que é a cadeira da minha secretária. As surpresas deste mundo pequeno e esférico, e as lembranças de quem nunca se esquece de nós, são, definitivamente, o que mantém a rotação e o equilíbrio. As coordenadas da amizade estão neste postal escrito à mão com uma imagem a 3D, ainda que não haja uma dimensão justa para agradecer gestos como este. O que, de repente, me deixou a pensar: estou constantemente a trocar mensagens escritas com pessoas a quem nem sequer conheço a caligrafia. Essa arte bonita que me chegou às mãos quase um mês depois de ter saído dos Emirados Árabes Unidos. Catarina, foste longe, mas fizeste-me sentir perto. E acertaste em cheio na morada deste coração que tem um fraquinho pela escrita tradicional, que de tradição já tem pouco. Muito obrigada. Estas surpresas desorientam qualquer globo. Agora quero escrever um postal. Antes disso, vou desfazer as malas da viagem que sinto que acabei de fazer.

 

Fazes pessoas felizes, Catarina, até quando não me respondes às mensagens no whatsapp. Vai lá ao telemóvel que eu quero agradecer-te como deve ser. Tu que estás sempre online. Será que um postal de agradecimento chega até ti mais depressa?

 

Carol

 

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13.Jul.18

Como uma onda do mar

Podes tentar. Podes até procurar no recanto mais escondido, na gaveta mais trancada, no local mais distante. Podes imaginar, se não o conseguires ver. E podes até nem ver bem. Ninguém vê bem o sol se não souber esperar pela melhor hora para o apreciar. Pacientemente, é possível vê-lo esconder-se, sabe-se lá onde. Retira-se num piscar de olhos aos olhos de quem o observa. Traz a noite, sem mudar muito mais do que a luminosidade das ruas. Faz-se bonito, consoante os lugares. Desaparece. É um ciclo. Mas não se repete. Nem se vê todos os dias. É o início da luz artificial. Leva dias bons e "assim assim", recusando-se a revelar os segredos que já lhe contaram ao final da tarde. Conhece bem os verões e os invernos. Estende-se para quem lhe estende uma toalha na areia antes de abandonar a praia. Tem a sombra e os tons quentes. É artista do céu para a plateia em terra que anda com a cabeça na lua e os olhos posto no pôr-do-sol. Podes tentar. Aprecia-o. Não lhe fiques indiferente, até porque isso é tarefa árdua. Deixa que ele se reflita no teu olhar, que se apodere dele. Sê o espelho de uma imagem bonita, quase perfeita. Tenta mesmo. E não tenhas medo. Conta-lhe os teus segredos enquanto ele desenha, detalhadamente, a tua sombra. 

 

E esse olhar, que tu podes até tentar, vai, como uma onda do mar, nunca mais voltar.

 

Carol

 

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09.Jul.18

Com ou sem pipocas? [#4]

Há quem corra para a praia assim que entra de férias. Eu corri para os filmes e livros dos quais a maré alta do estudo me tinha afastado. Acreditem, a lista de Filmes-Para-Ver-Quando-Tiver-Tempo-A-Sério já ia longa e eu estava deserta por encurtá-la. Para vos ser muito sincera, não trago recomendações do outro mundo, nem obras cinematográficas extraordinárias e nunca antes vistas. Só precisava de descansar e não pensar em mais nada durante a hora e meia em que me concentrava no ecrã. Histórias que transbordam de clichês, sem violência e sem ser necessário grande esforço para captar a mensagem. Estas eram as exigências de um cérebro cansado e pronto para entrar no modo-profissional-de-preguiça. E vi filmes bons, caso contrário não os viria recomendar aqui. 

 

[ Se estiverem interessados, podem clicar em cima dos cartazes e, assim, assistir aos trailers dos respetivos filmes ]

 

Midnight Sun

Estava há espera deste filme há muito tempo e, ainda assim, conseguiu superar as expectativas que eu tinha. Uma encantadora história de amor que altera para sempre a vida de Katie, a protagonista, uma jovem adolescente que não pode viver a sua vida como os outros jovens da sua idade devido a uma doença rara que não lhe permite estar exposta aos raios solares. A banda sonora conquistou-me imediatamente e é impossível não ficarmos a pensar o quão sortudos somos por podermos viver a nossa vida como e onde queremos, a qualquer hora do dia.

A doença em questão tem o nome de Xerodermia Pigmentosa e, mesmo que rara, deixa-nos a refletir sobre como será a vida de uma pessoa que está privada da luz solar, algo que considero quase inimaginável. 

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Love, Simon

Adorei, adorei, adorei. Um filme leve, descontraído e com uma mensagem para lá de importante. Cada vez mais a homossexualidade é um tema que está a ganhar destaque na área do cinema e este filme consegue fazer uma abordagem natural, sem dramas ou preconceitos associados. É uma história de amor não só entre duas pessoas, mas também entre o núcleo familiar, os amigos e nós próprios.

Love, Simon vence em muitos aspetos, principalmente na normalidade merecida com que trata diferentes assuntos.

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Set It Up

Sentido de humor na dose certa e muito "amor" na dose errada, são estes os ingredientes que fazem de Set It Up uma boa [e clássica] comédia romântica. A prova de que quanto mais tentamos controlar a vida, mais ela nos consegue trocar as voltas. O enredo flui com muita facilidade, sendo essa uma vantagem para captar a nossa atenção e despertar o nosso interesse. Repleto de situações, no mínimo, caricatas, arrisco-me a dizer que o objetivo do filme foi alcançado. 

Quanto mais tentamos desenhar o futuro, mais ele faz questão de borrar a pintura.

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Every Day

Este filme, não sei bem porquê, não correspondeu às expectativas que eu tinha. Tem, de facto, um enredo diferente e original. Acho que me foquei demasiado no facto de ser pouco realista, no sentido em que é impossível acordarmos todos os dias num corpo diferente. No entanto, o que seria do cinema se não concretizasse os impossíveis e inimagináveis? E é aí que está a magia de Every Day.

Quando amamos verdadeiramente alguém, amamos o interior independentemente do exterior. Amamos para além do que aquilo que [e quem] vemos. 

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Estes já estão riscados da lista. Sobram alguns [bastantes até], mas aceito sugestões e opiniões para a troca!

 

Carol

03.Jul.18

TAG - Este Verão Eu Vou...

Tag de verão. Como adoro isto. Adorava ainda mais se o verão tivesse vindo definitivamente para ficar e não para nos iludir com dias que englobam as quatros estações em simultâneo. Esta tag tem o nome de "Este Verão Eu Vou..." e consiste em revelar 10 coisas que quero fazer este verão [se ele decidir existir]. As três regras básicas para quem participa são agradecer a quem fez te fez a nomeação [neste caso, muito obrigada Ana!], fazer uma lista com 10 coisas que sejam [mais ou menos] exequíveis e nomear outros 5 blogs para que possam responder também.

 

Vamos ser verdadeiros, verão é sinónimo de muitas coisas. Coisas essas desejadas pela grande maioria. Fazendo ou não parte dessa maioria, há clichés que não podem faltar no meu verão. Só não queria que esta lista fosse mais uma igual a tantas outras, por isso desafio-vos: imaginem aqueles dias em que o termómetro marca quase 40º, a vossa preguiça está a altas temperaturas e só vos apetece vestir uma coisa fresca, meter uns chinelos nos pés e deambular até ao primeiro local onde possam mergulhar na água fresca com sal ou coloro. Estão a imaginar? É assim que vai estar esta lista: cheia de bons clichés, sem organização nenhuma. Porque o verão não cumpre horários, mas há-de cumprir os desejos que aqui confessarei. 

 

- Desligar a rede que me prende o ano todo a rotinas. Viver uns dias mais desconectada do mundo-de-sempre para me conectar ao mundo bronzeado e bem disposto que tenho de família e amigos. Falamos em código, mas dispensamos palavras passe.

- Ler cada dia devagar e com atenção para que no final não faltem histórias para contar. Saber interpretar e aproveitar cada som, cheiro ou até mesmo o mais pequeno grão de areia que foge da praia. 

- Mergulhar nos filmes e nas séries que tinha em atraso [coisa que já pus em prática]. Fazer maratonas de episódios. Aceito sugestões de águas doces ou salgadas, tenho para troca e em breve partilharei algumas aqui no blog. Fazer de nadadora salvadora no sofá é estar sempre atenta ao que pode acontecer a seguir [vigio Riverdale neste momento e estou a adorar]. 

- Passear nas páginas dos livros que andava a guardar para que as possa descobrir com tempo. Pisar novas histórias em chinelos, descalça ou com os pés de molho. As saudades que eu tinha de viajar nos capítulos de um bom livro. Não há rua em que me perca, porque até mesmo quando não sei onde estou, sei sempre que aquela é a minha praia. 

- Exercitar a arte de não fazer nada. E que bom que é viver sem pensar em horários. Não sei se os ginásios têm um treino especial para este exercício, mas é certamente sem ter pesos nos ombros e relógio no pulso. O tempo corre e há lá coisa melhor que ficarmos cansados por podermos escolher o nosso próprio ritmo. 

- Conviver com o pôr-do-sol regularmente e conhecer o nascer-do-sol esporadicamente, que a convivência exige horários tardios. Não é só o sol que se põe, há muita conversa para pôr em dia enquanto fica de noite. É dos convívios que mais aprecio, este com as pinturas que se fazem no céu.

- Ver aquilo que o verão traz e que não tem espaço no inverno. Os sorrisos descontraídos, a pele bronzeada, os cabelos despenteados, as ruas luminosas e as cores vivas desta época feliz. Fazer memórias alegres em cenários diferentes daquele que é o dia-a-dia de todos os dias.   
- Fotografar a novidade. Captar as descobertas da estação: os lugares, as pessoas, o meu próprio crescimento. Há bons cliques à espera de uma oportunidade. Não vai ser desta que fico com um bronze de meter inveja [isso jamais acontecerá, já aceitei]. Quero a fotografia perfeita. Não uma perfeição que não existe, não um registo para partilhar nas redes sociais. Quero um retrato realista do movimento, do descanso, do gozo, dos finais de tarde, das roupas frescas, de casa, de outra casa, da diversão e do silêncio. Que haja espaço para tudo isto e mais alguma coisa. 

- Dormir num cansaço que não existe, na preguiça do calor. É mais descansar os olhos antes de ter de abri-los ao som de um despertador. Adormecer fora de horas e acordar fora de horas, que as horas fecham os olhos e não perseguem as trocas que lhes damos. 

- Recarregar a alma com calma. Se há coisa que gosto nesta altura é de saber que a descontração nos permite viver devagar. A bateria repõem-se com o tempo. Desligamos o modo poupança de energia porque o verão, e tudo o que ele traz, é uma power bank que nos acompanha. Os dias são compridos. Somos movidos pelo sol para as sombras mais próximas. No fundo somos energias renováveis de chinelo no pé e óculos de sol na cara.

 

A fazer figas para que a estação não me falhe. Venha de lá esse calor, que eu quero motivos para comer um bom gelado e ficar dentro de água todo o tempo que me apetecer. Por enquanto, tenho devorado filmes e séries e nadado em livros [e não me posso queixar!]. 

Vou nomear: A Rapariga do Autocarro, Sorriso Incógnito, Dream With MeDomingo à Tarde, Dezoito [espero que se divirtam!].

 

Obrigada pela nomeação, Ana! Espero ter estado à altura do desafio.

Aproveitem o verão, não tarde é natal!

 

 

Carol

 

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