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it's carol

Um blog sobre tudo. Sobre o que me apetecer. Acima de tudo, sobre o que sou.

11.Mai.18

Há que saber conjugar a fuga

Podíamos fugir. Podíamos procurar outro lugar. Podíamos deixar para trás o que não nos faz andar para a frente. Podíamos marcar uma hora. Podíamos combinar um dia. Podíamos desorganizar tudo isto. Podíamos mandar roupa leve e o calçado confortável para dentro de uma mala. Podíamos pôr a mala às costas e correr. Podíamos ouvir música e cantar por cima. Podíamos dançar sem tropeçar nos pés descoordenados. Podíamos aproveitar os pés descalços e marcar pegadas por aí. Podíamos escapar às regras e cumprir deveres. Podíamos aproveitar a liberdade e o mundo. Podíamos pisar as poças, saltar de traço branco em traço branco nas passadeiras. Podíamos sair da estrada e caminhar pela relva. Podíamos explorar ruínas, subir castelos e descansar em rochedos. Podíamos ir ver o mar de manhã ou ao final do dia. Podíamos habitar. Podíamos habituar o corpo e a alma. Podíamos viver na adrenalina da fuga. Podíamos partir sem deixar recados. Podíamos fugir. Mas, primeiro que tudo, podíamos deixar de fora o pretérito imperfeito do indicativo do verbo poder. Que é imperfeito para fugas e não se conjuga com mentes sonhadoras. E há mais poder nos verbos que não o têm como antecedente. Se podemos, fazemos. Ou imaginamos. Se podemos, vamos mais longe. Fugimos. Que as questões gramaticais complicam a prática e os tempos verbais têm um fuso horário diferente. Fugimos. Na terceira pessoa do plural e no presente. Para que ninguém falte e ninguém se atrase. O português é livre de espírito e de gramáticas opressoras. Fugimos pois. 

 

Mas fujam primeiro os verbos que só verbalizam e não concretizam.

 

Carol 

 

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07.Mai.18

Carolina Deslandes, um amor e um orgulho para o país todo

Acabei de ouvir o podcast Cada um Sabe de Si da semana passada. A convidada era a Carolina Deslandes. À partida [posso já adiantar] uma excelente convidada. A menina de 26 anos que deu ritmo aos amores que são para a vida toda e que trouxe novamente os aviões em formato de papel. O seu mais recente álbum saiu há umas semanas. Não tem quatro paredes e um teto, mas tem os alicerces que são necessários para que nos sintamos em Casa. As letras são tão bonitas, as melodias fazem tanto sentido. Tudo está numa união perfeita. Já aqui o tinha dito e repito agora que não consigo parar de o ouvir, tem as minhas músicas preferidas do momento. Mas não é sobre o álbum que vos quero falar [embora vos aconselhe muito a ouvirem]. É mais uma partilha que me apeteceu fazer depois de ouvir o podcast [se estiverem interessados, podem ouvir tudo aqui]. Numa conversa descontraída, a Carolina disse tanto com tão pouco. E reforçou várias questões em que penso bastante: a importância que damos aos nossos artistas e à arte que se produz em Portugal, os preconceitos relacionados com o meio artístico no nosso país. Não é patriotismo. São constatações. A verdade é que cá dentro temos gente muito boa no que faz. Isso não nos impede de ver, ouvir e prestar atenção ao que vem de fora. Aliás, se aliarmos estes dois fatores, há muito mais por onde explorar. Só acho que ainda acreditamos pouco em nós, apesar de sentir que já acreditámos menos. É algo que temos de mudar, para o nosso próprio bem. Durante a conversa, a Carolina fez referência aos preconceitos que há relativamente a mulheres cantarem com mulheres, aos duetos entre cantores de gerações diferentes e ao medo de elogiarmos o outro quando gostamos, mesmo que seja nosso "concorrente". E eu penso: num mundo tão diferente, somos todos tão iguais, para quê sermos assim? Para quê viver com tantas limitações? Para quê tanta competição? O amor até pode ser para a vida toda, mas a vida toda pode caber em muito pouco tempo. Talvez esteja a bater na mesma tecla, mas quem me dera que a tecla venha a ter algum efeito no futuro.

Gosto muito [muito mesmo] do que temos e fazemos por cá. Eu acredito bastante no nosso país. Acredito ainda mais quando vejo pessoas talentosas que acreditam também. Encontrei a Carolina Deslandes, por exemplo. Ela canta, compõe e representa-nos tão bem. Não é a única [e ainda bem!]. Mas era tão melhor se fossemos cada vez mais a acreditar, a fazer, a mudar e a mostrar que temos orgulho. Foi na verdade isso que senti depois de ouvir o podcast. Orgulho-me em dizer que sou fã de uma arte tão bonita que é a música portuguesa. Das outras artes. De outros artistas. Mas, deixem-me ressalvar, que fiquei ainda mais fã da Carolina, que tão bem falou e representou a sua arte. Sou fã [super!] da Joana Azevedo e do Diogo Beja, ninguém melhor do que eles para conduzir as conversas deste podcast. Oiço sempre [link aqui para ouvirem todos os episódios]. Estão de parabéns, são dois dos comunicadores que mais gosto em Portugal. Sou mesmo fã, não há que temer dizê-lo, não é assim?

  

Carolina, quando te encontrei no metro há quase dois anos nunca pensei que nos reencontrássemos em casa. E, tal como há dois anos, estou sentada ao teu lado, eu sorrio e sinto que tu sorris também. Obrigada. Que haja no país e no mundo mais Carolinas assim. Já agora, bom nome!

 

Com muito orgulho em ser portuguesa,

 

Carol

 

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03.Mai.18

TAG - Sunshine Blogger Award

Fui nomeada para responder a uma tag. Antes de mais, obrigada pela nomeação Doce Dezembro [adoro participar nesta interação entre blogs!]. Esta tag consiste em responder às 11 perguntas que me foram colocadas e nomear outros 11 blogs para responderem a 11 perguntas feitas por mim [que poderão encontrar no final do post]. No entretanto, as duas últimas regras passam por agradecer a quem te fez a nomeação [check!] e incluir o logótipo do prémio no post [aqui em baixo]. 

 

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Sem mais demoras, cá vamos nós:

 

1. Se tivesses um tesouro, onde o escondias?

Nunca tinha colocado a possibilidade de ter um tesouro. No caso de encontrar um, não o poderia esconder. Esqueço-me com facilidade desse tipo de coisas. Não que eu costume andar por aí a esconder tesouros, mas se guardo uma coisa muito [mesmo muito!] bem guardada, o mais provável é que ela fique guardada para sempre [porque jamais sou capaz de a encontrar]. Tê-lo-ia em casa. Possivelmente, ficaria ao lado dos meus livros, que estão sempre à mão, guardados que nem o tesouro mais valioso que existe. 

2. O que faz o teu coração vibrar?

Ter de subir até ao último andar da minha faculdade para chegar a horas a uma aula. Sim, isso faz o meu coração vibrar muito. Para além disso, estar com a minha família, passar um bom serão com os meus amigos e ir a um concerto de um artista que goste muito. Acho que são algumas das coisas que mais aconchegam este coração agitado.

3. Qual é o teu maior medo?

Ficar sem bateria no telemóvel. Brincadeira! O meu maior medo é perder o telemóvel. Okay, agora a sério, não gosto muito de pensar sobre o que é o meu maior medo. Não me ocorre nada. Tenho medo de algumas coisas a sério. Tipo: dispenso montanhas russas, parques aquáticos e desportos radicais. Quando subo escadas, estou sempre a pensar que vou cair no próximo degrau que pisar. Coisas dessas. Prefiro não pensar que tenho medo. Porque, na realidade, quanto mais penso, mais medo tenho de ter medo. 

4. Que animal gostavas de ser, se pudesses?

Acho o coala um animal adorável. Se pudesse, escolheria-me em coala. Parecem-me tranquilos e não creio que tenham uma vida complicada. Realmente, há gente com muita sorte!

5. Por que motivo criaste o blog?

Para ser uma influencer [claro!]. De mim própria [só se for]. Provavelmente, na altura em que o fiz achei que era bastante simples e devia estar sem muito que fazer. Esqueci-me que estudo, ando na faculdade e nem sempre tenho tempo para me dedicar ao blog como gostaria. Sim, é um blog. Mais um no meio de tantos. Nem sequer foi a pensar nisso que o criei. Escrevia só para mim. Achei que estava na altura de partilhar a minha escrita com os outros, que entretanto passaram a escrever-me. Gosto muito disto. De verdade.

6. Quais são as tuas músicas favoritas?

Para mim, essa é uma pergunta impossível de responder. Oiço as mesmas músicas até me fartar. Depois passo para outras. Criei uma playlist para o blog que vou atualizando de cada vez que surgem novos sons que me fazem abanar o capacete. Estão todos convidados a passar por lá [podem espreitar aí ao lado ou clicar aqui]. Sou fã de música portuguesa [e muito defensora de que Portugal tem artistas brilhantes], neste momento, não consigo parar de ouvir o novo álbum da Carolina Deslandes, "Casa", que aconselho muito. 

7. Uma frase que te define?

Gosto de frases. Anoto frases em todo o lado. Sinceramente, não tenho em mente nenhuma frase que me defina. Fui ao telemóvel e encontrei esta: "o mundo está nas mãos daqueles que têm coragem de sonhar e correr o risco de viver os seus sonhos" (Paulo Coelho). É muito por aí. 

8. Qual é o teu pior defeito?

Sou teimosa, tímida e [demasiado] perfecionista nas coisas que faço. Mas defeitos não tenho. Nem sei bem o que isso é.

9. Qual é a tua melhor qualidade?

Vá-se lá saber. Quero acreditar que tenho algumas. A modéstia não é uma delas. Talvez ser uma pessoa à altura das boas pessoas que me rodeiam, tento e acho que sou bem sucedida. 

10. O que queres da vida?

Que a vida me queira tanto [e tão bem] como eu a quero. Faço por isso. Quero da vida, o melhor que a vida me possa dar. Troca por troca. 

11. És feliz?

Sou. Faço por ser. E [melhor ainda] sei que quem me rodeia faz por isso também. O que posso pedir eu mais? Por acaso há uma coisa: quero ser feliz para sempre. É possível?

 

Está feito. Com sinceridade. E é assim que também quero ver respondidas as perguntas que vou colocar:

1. Se pudesses criar um emoji, como seria?

2. Pensa numa pessoa. Uma pessoa qualquer. Não vale continuar a ler o resto da pergunta sem pensar em alguém. Já pensaste? De certeza? Agora, imagina que levavas essa pessoa a almoçar. Quais seriam três dos temas de conversa que teriam? Já agora, se não for um incómodo, revela quem é a pessoa que levavas a almoçar.

3. Já alguém te disse alguma coisa relativamente ao blog que nunca mais esqueceste? Se sim, o quê?

4. Se fosses invisível por um dia, o que farias?

5. Chuva durante a semana ou ao fim-de-semana?

6. Imagina que conhecias uma pessoa [com a mesma idade que tu] que nunca tinha visto um filme em toda a sua vida. Que filme lhe recomendarias?

7. Que duas coisas mais te irritam numa rede social?

8. Lembra-te de algo que compraste e que, mais tarde, te vieste a arrepender. Se voltasses a ter o dinheiro que gastaste nessa compra de volta, o que comprarias agora? [Guardar o dinheiro não é resposta, nada de batotices!]

9. Qual foi a anedota que mais te fez rir ultimamente?

10. Há algum sonho de infância que ainda queiras ver concretizado?

11. O que gostarias de ter sido tu a inventar [ou o que gostavas de inventar ainda]?

 

a dESarrumada, Happy, Alice Alfazema, David Marinho, Cherry, Maria das Palavras, CM, Mariana Sofia, Triptofano!, Joana Marques e Fátima Bento aceitam o desafio? Estou curiosa para ler as vossas respostas...

 

Como adoro estas tags! 

 

Carol

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