Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

it's carol

Um blog sobre tudo. Sobre o que me apetecer. Acima de tudo, sobre o que sou.

28.Mai.18

Fosse o sapato de cristal a salvação...

Viva o pé descalço que a época já permite. Viva o abandono do sapato depois de horas nas alturas. Viva a liberdade de ser cinderela. Viva as princesas que não precisam de príncipes encantados para se calçarem. Que os pés querem-se independentes. São suportes para o corpo e alavancas para mentes que gostam de caminhar depressa. Começa agora o meu retiro para dar início ao percurso que separa os exames finais das férias de verão. Não conto sair do mesmo sítio nos próximos tempos, mas espero andar a um bom ritmo no estudo. A ver se a matéria entra a pés juntos e não escorrega nem se esconde atrás de outras memórias ou vontades. Os ponteiros correm e é tempo perdido aquele que passa sem o termos conseguido acompanhar. Não caminhamos todos ao mesmo ritmo, mas nesta época sinto que a direção é partilhada. Pisem a concentração e o entendimento, as pegadas da sabedoria. E, agora que os dias parecem correr com uma nova energia, a noite faz-se mais cedo e já vai a meio muito antes da meia noite. As doze badaladas tocam, o cérebro repousa na almofada e os conceitos correm escadaria abaixo os sonhos de quem dorme. Não são sapatos de cristal que nos safam destas alturas pouco encantadas. Mas haja uma fada-madrinha por aí escondida que nos ajude ou abóboras que nos levem ao destino. É mais fácil lidar com alguns números da sapataria...

 

Época de exames. Não é para sempre, mas que a vivamos felizes enquanto dure.

Boa sorte a quem arrisca pôr os pés neste piso escorregadio,

 

Carol

 

IMG_3808.JPG

 

25.Mai.18

Os mais prejudicados das piadas secas

Aviso: Este post pode conter linguagem imprópria. Se, ainda assim, decidires continuar a lê-lo, faz-te acompanhar por um copo de água, evitando ficar com a garganta seca. Na pior das hipóteses, pode surgir uma vontade inexplicável de rir. Assim seja. Já que leste até aqui, passemos ao que realmente interessa. 

 

As piadas secas estão na moda. Estão em todo o lado. Há batalhas de piadas secas, sabiam? Não sei se isto é novo, se eu é que demorei a perceber. Mas, secas ou não, há algumas que têm realmente piada. Outras... coitadas. Agora estou mesmo viciada nisto. Como a memória é fraca, posso ouvir a mesma pergunta várias vezes que nunca me lembrarei da resposta e continuarei a rir como se a estivesse a ouvir tudo pela primeira vez [defeito meu, tenho noção disso!]. Então, percebi que os prejudicados são sempre os mesmos. 

 

O menino Joãozinho. Aquele clássico que resulta sempre. Agora arranjou um cão e decidiu chamar-lhe Cu. Todos os dias dizia "Cu, deita. Cu, senta". A mãe, farta, avisou-o: "Se voltas a chamar-lhe isso, vou dá-lo ao vizinho". E ele continuava "Cu, deita. Cu, senta.". Um dia, o pai chega e pergunta "Onde está a tua mãe?" e ele responde "Foi dar o Cu ao vizinho". Uma das minhas preferidas. Mas há outras. Os clássicos do pequeno João na escola. A professora pergunta "Menina Joaninha, o que quer ser quando for grande?". "Quero ser mãe!", responde. "Muito bem. Menino Joãozinho, o que quer ser quando for grande?" e ele responde "Quero ajudar a Joaninha a concretizar o sonho dela!".

O álcool. Sempre inserido nos diálogos entre pais e filhos. "Filho, essa festa vai ter álcool?", "Não, mãe", "Tens a certeza?", "Absolut, podes ficar tequila.". Mas há mais. "Pai, o álcool danifica a memória?", "Que eu me lembre, não". 

Os médicos. Alvos de piadas maldosas, mas ninguém leva a mal porque rir faz bem à saúde, não é? O paciente pergunta quanto tempo de vida lhe resta e o médico responde "Dez...". "Dez quê? Anos? Meses? Semanas?". O médico prossegue "Nove...". A psiquiatra também costuma estar em destaque com um humor meio maluco. "Senhor Doutor, eu acho que sou um cão", "Há quanto tempo acha isso?", "Olhe, desde que eu era um cachorrinho". 

As loiras. As piadas que as mulheres detestam porque são, muitas vezes, o impedimento de uma mudança de visual. "Uma loira está numa ilha deserta a 50 km da costa. Nadou 25 km. Cansou-se. Voltou para a ilha". Talvez os cabeleireiros não apreciem muito este tipo de humor. Ser loira já é quase mais uma premissa para uma piada do que uma cor de cabelo. "Vira-se uma loira para a outra: Aposto que não adivinhas quantos rebuçados tenho na mão. Se adivinhares, eu dou-te um e fico com o outro". Não merecem. As morenas, as ruivas e todos os outros tons estão convosco nesta luta. 

O cúmulo. As típicas questões que não passam de moda, mas que às vezes já não têm piada nenhuma. É o cúmulo da parvoíce. Vejam se não estou certa: "O cúmulo da estupidez são dois carecas a lutar por um pente" e "o cúmulo da Joaninha é comprar um creme para os pontos negros". E o cúmulo do egoísmo? Não digo. 

Os trocadilhos. Cada vez mais na moda. Rebuscados. Muitas das vezes exigem alguma concentração. "Quantos toques dás com a bola? O Leonardo da Vinci". "Quem peixe procura, peixe acha". Eu avisei. Estas têm de ser bem contadas. Ou então quem vos escuta faz como a hortaliça surda, finge couve. 

O Artur. Já não ficamos só pelo diminutivo de João, outros nomes estão a começar a ser também prejudicados. "Mãe, compra-me um soutien, já tenho 13 anos.", "Não", "Vá lá, mãe, todas as meninas da minha idade já têm um!", "Já disse que não, Artur". Ai Arturito, Arturito!.

 

Intervenho em defesa dos afetados. Estes são apenas alguns exemplos. Não quero estar a expor todos de uma só vez, mas há mais, muito mais. Haja sentido de humor, que uma reunião destes elementos todos faz o resto. No fundo, é só uma fase, não é assim? Tudo na vida é passageiro... menos o motorista. 

 

Carol

 

9AC503FD-6936-46E6-BA96-A0DF8C3EDE35.JPG

 

23.Mai.18

Como eu blogo

A semana vai a meio e não podia ter começado de melhor. A equipa do Sapo pediu-me para mostrar Como eu blogo e o resultado já está disponível [e eu estou muito feliz!]. Aproveito, desde já, para agradecer ao Pedro e a toda a equipa que se dedica aos blogs do Sapo [um mega obrigadaa]. Fazem um trabalho excelente que permite a quem escreve ver o seu post ser destacado ou partilhado, chegando assim a mais pessoas, e isso é uma das maiores retribuições que podemos receber.

Convido-vos a lerem as minhas respostas aqui e ainda bem que não me foi perguntado o que dizem os meus olhos, não saberia como responder, tendo em conta que já foram dadas todas as respostas possíveis e imagináveis [e se os meus olhos falassem, diriam coisas que eu quereria calar]. Entretanto, aproveito para dizer que também estou pelo instagram [@itscarol_blog] e facebook [@itscarolblog]. 

 

Feliz por poder partilhar um bocadinho mais do lado de cá desta vida difícil de influencer [de mim própria],

 

Carol

 

itscarolblog.JPG

 

21.Mai.18

6 sentimentos que ficam após o casamento real

Este fim-de-semana as atenções centraram-se no casamento real do Duques de Sussex [e no divórcio polémico entre o Bruno de Carvalho e o Sporting]. Chuto já para canto esse assunto e seguimos com a bola para a frente com o casório. Vamos a isso. Assistiram à cerimónia? Foi-vos indiferente? Não sei se acredito muito nesse encolher de ombros. Para que não restem dúvidas, trago-vos a lista dos 6 sentimentos com que as pessoas ficaram após o casamento real:

 

Desejo. Confessem. Há uma enorme vontade que as igrejas passem a ter sofás em vez de bancos de madeira, porque foi muito melhor assistir à cerimónia sentadinho [ou deitadinho ou como se quiser, na verdade] nas almofadas fofas. 

Satisfação. Quão mais confortável é estar a assistir a um casamento com roupa "normal" ou, no caso de quem gosta de arriscar no mundo da moda, de pijama? Ninguém nos julga e, ainda assim, nós julgamos todos os outros porque levam um chapéu assim ou assado. De cabeça erguida e despenteados [porque podemos], criticamos cores e modelitos. Avaliamos a postura da nobreza, com postura de quem tem como trono um sofá.

Desconfiança. Não neguem. Acreditam mesmo que o príncipe Harry tenha dito "Tu estás deslumbrante. Eu sou tão sortudo."? Hum, não sei não. Reparem bem nos lábios dele e vejam lá se ele não pode estar a dizer "Sabes o que oiço? Eu oiço Laurel". Pensem nisto e digam-me se não é de desconfiar. 

Esperança. Afinal os príncipes e as princesas existem. Há coroas, diamantes e véus com vários metros de comprimento. Estamos numa boa direção, as princesas até já caminham sozinhas até ao altar e mostram que não precisam de um beijo mágico que as salve. A História é agora muito mais encantada e justa para os dois. E os príncipes não são espécie extinta. Eles andem aí

Desorientação. Este sentimento é compreensível. Nestes eventos há sempre cavalos e chapéus em abundância. Às tantas já não sabemos se estamos a assistir a um casamento, ao desfile de moda o-meu-chapéu-é-mais-bizarro-que-o-teu ou a um documentário do National Geographic sobre "A vida de um cavalo". 

Frustração. O que mais dói quando percebemos que vivemos a cerimónia na qual não estivemos e para a qual nem fomos convidados. Pois é. Queriam. Viram pela televisão e já foi uma sorte. Pensem no lado positivo: zero despesa em roupa, deslocação e prendas, zero quilos a mais porque o copo d'água [que é sempre a melhor parte], a esse, ninguém lhe pôs a vista em cima, zero probabilidades de fazer algo pouco apropriado e acabar viral nas redes sociais. Bom para todos, estão a ver. Sigam com as vossas vidinhas que os noivos continuam na deles, que é, possivelmente, é muito menos stressante. 

 

Ninguém disse que era fácil não ter sangue azul. Contentamo-nos com os castelos de areia que estamos quase a poder fazer na praia. Felicidades aos noivos. Aceitamos receber o que sobrou da festa, até um bocadinho do véu se fizerem muita questão.

 

Carol

 

IMG_3263.JPG

 

18.Mai.18

Verão, esse projeto iluminado

A arquitetura destes dias bons deixa qualquer um com vontade de desenhar a planta perfeita para conseguir usufruir dos raios de sol. A geometria da cidade dá-se a esse luxo porque ir a correr para o areal ainda não faz parte do projeto. Está bom tempo e, por isso, não há tempo para desculpas para não aproveitar. Que é projeto meteorológico que talvez não dure assim tanto apesar de estar na altura de dar início à obra. Arregacemos as mangas que a estética da coisa ainda pede um abrigo nas horas mais frescas. A paisagem anda mais bonita, pois claro. Vaidosa e colorida, pavoneia-se por aí, mas ainda não decidiu terreno para assentar. Que fique perto. E que não se demore a decidir. As mobílias da vizinhança já têm roupa fresca e curta para pavonear também. Podemos acabar com os rascunho e dar início ao processo. Sol, calor e água fresca. Quer-se um design simples porque assim é garantido que a estrutura não falha e dá dias daqueles mesmo bons. Estamos todos organizados. Somos capazes de dar as diretrizes para conseguir jantar ao pôr do sol. Não precisamos de grandes orçamentos, bastam temperaturas elevadas que nos elevem o espírito. E a sombra que aparece ao final do dia, é o que nos faz subir até ao último andar e espreitar até vermos que está tudo perfeitamente arquitetado à nossa volta. 

 

Quando queremos, até somos arquitetos que sabem desenhar o plano perfeito para que não fique de fora um único raio de sol. 

 

Carol

 

09960AB6-3C07-4F0E-A485-AE755F155B00.JPG

 

14.Mai.18

Em nome de todas as pessoas pontuais

Até podemos ser uma minoria, mas existimos. Somos sempre os primeiros a chegar. Chegamos antes do tempo ou levamos os ponteiros a sério e aparecemos à hora. É bonito e educado, mas não é fácil. Não é fácil para nós. O telemóvel é companhia durante os primeiros minutos, depois ou perde a piada ou perde a bateria. A internet é um infinito de coisas, potencialmente interessantes, que se tornam finitas nestes momentos de espera. Restam-nos as funcionalidades desconhecidas de um telemóvel, que são sempre descobertas nestas alturas. Bem, e a utilidade que tem a aplicação que instalámos há dois anos, utilizámos uma vez e nunca mais nos lembrámos da sua existência? Pena que, exatamente no momento em que mais distraídos estávamos, vocês tenham chegado.

Os últimos são sempre os primeiros - mentira. Os pontuais são sempre os primeiros e os atrasados são sempre os últimos dos últimos. Não é justo ficar à porta, na rua, no carro, sentado ou em pé. Se os horários existem, são para ser cumpridos. Porque é que definem horas para compromissos se depois ninguém aparece? Não façam isso. Sejam sinceros e não nos façam esperar uma hora. Quando vos ligamos, por favor, não digam frases como “desculpa, estou a chegar”, “estava mesmo agora a ir para aí”, “estou aí em cinco minutos”, “estou a sair de casa, só tenho de me calçar”. Não mintam. Ainda estão na cama, como é que podem estar a chegar? Nem sequer estão vestidos, como é que se estão a calçar? E, não, vocês não chegam em cinco minutos. Sejam honestos e digam “vai para casa e volta daqui a duas horas”. É melhor para todos. Ah, e naquele dia em que tiverem de ser vocês a esperar, não sejam impacientes. Vocês nem sequer sabem o que é ter paciência. Não é nada contra vocês [reis e rainhas da arte de "chegar tarde"], só que esperar é uma virtude que se gasta com o tempo. Tempo esse que nós gastamos à vossa espera. É problema nosso ou vivemos num fuso horário diferente e ninguém nos avisou?

 

Até podemos ser uma minoria, mas existimos. E estamos fartos de esperar por vocês. Já agora, estão a ler este post com quanto tempo de atraso?

 

Carol

 

IMG_2886.JPG

 

Pág. 1/2