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it's carol

Um blog sobre tudo. Sobre o que me apetecer. Acima de tudo, sobre o que sou.

22.Jan.18

Adormecer por aí

Não adormeço assim. Não caio no sono profundo de quem não dorme há horas. Não prego olho só porque sim. Não durmo se a escuridão da noite vier, se o despertador estiver pronto a tocar cedo na manhã seguinte, se estiver confortável no sofá. Tudo em mim pode ser sono. Os olhos podem estar pesados, o corpo pode estar dorido e cansado. Já foi o banco de trás do carro, à noite, uma boa cama para quem brincava muito e dormia pouco. Agora não adormeço assim. Não deixo a meio as conversas, os filmes ou os livros. Não desligo em qualquer lugar e a qualquer momento. Nem me convence o João Pestana, que devia ser João Pálpebra já que, quando aparece, puxa o apelido para baixo com toda a força que tem. Quando o cansaço vence, deixo-o celebrar a vitória com todas as horas de sono a que tem direito. Talvez um dia adormeça no sofá, perca o final de um filme ou deixe a página de um livro a meio. Talvez um dia me faça falta dormir nesses lugares confortáveis que agora me descansam, mas que não me deixam descansar o suficiente. Talvez um dia também venha a passar pelas brasas. Por enquanto, não adormeço assim. A noite traz-me o sono e eu trago-me até à cama. O único lugar onde os olhos se dão por vencidos, mas onde também eles vencem. E durmo bem. Porque durmo a sério.

 

Não adormeço assim. Mas também sei descansar os olhos,

 

Carol

 

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15.Jan.18

18 coisas que quero fazer em 2018

2018 começou há duas semanas e, como entretanto tem-me faltado o tempo, só agora venho fazer a minha lista de 18 coisas que quero fazer este ano. Sempre a tempo, mesmo sem tempo, não é?

 

  • Quero conseguir não viciar a bateria do telemóvel [e não me viciar a mim... Difícil!].
  • Uma nova medida que já implementei foi desativar a opção que permite aos utilizadores do whatsapp ver quando foi a última vez que estivemos online [isso era extremamente controlador e desconfortável, por isso, e para bem da minha saúde mental, foi uma obrigação que impus a mim própria].
  • Elogiar sempre aqueles que merecem ouvir um elogio é um objetivo para este ano [já pensaram o quão reconfortante, e às vezes constrangedor no bom sentido, é quando alguém reconhece o que fizemos?].
  • Receber as críticas e as partes menos boas [que existem sempre] como uma forma de aprender, melhorar e crescer com isso.
  • Olhar para o que me rodeia de uma forma menos séria. Às vezes um sorriso amarelo é melhor do que um rosto vermelho e aborrecido. A vida só é uma coisa séria se nós não fizermos nada para que nos possamos rir dela.

 

  • Sair por aí. Quando me apetecer ver, conhecer, passear ou tirar umas fotografias. Quando me apetecer não estar onde sempre estou. Quando me apetecer estar com as pessoas [cá de dentro] lá fora.
  • Estar em casa. Estar de pijama. Deixar a cama por fazer e gozar com o relógio por cada vez que o ponteiro andar para a frente eu não precisar de andar atrás dele. Estar no meu sitio, com as minhas pessoas e as minhas coisas até sentir falta de ir lá fora.
  • Reler os livros que me contaram histórias fantásticas, rever os filmes e os episódios que me mostraram narrativas arrebatadoras e premir o botão de replay de todas as músicas que cantam os momentos que alguma vez já fizeram parte da minha banda sonora. Regressar às coisas que inevitavelmente regressam até nós.

 

  • Manter-me dona do comando, mudarei mais vezes de canal [talvez]. Mas continuarei a frequentar o sofá para umas sessões na caixinha mágica. Há conteúdos que irei seguir sem perder pitada, enquanto outros ficarão pelo caminho. Faz parte. Hei-de sempre gostar de ver televisão. Hei-de sempre gostar das novelas, das séries e dos filmes, dos atores e das atrizes, das personagens, dos cenários, dos diálogos, da narrativa e dos finais felizes. E agora, mais do que nunca, dou importância aos telejornais. Talvez seja esse um dos conteúdos que acrescentarei à grelha da programação. Venham daí boas notícias para 2018!
  • Usufruir do curso superior que estou a tirar. Sinto que esta fase está a passar depressa e, por isso, preciso de me focar no que mais estou a gostar de aprender e nas pessoas que tenho conhecido. Estudar algo que adoro é um privilégio e eu quero muito [antes de pensar no que vem a seguir] tirar proveito desta oportunidade. 
  • Ir passear para a praia no inverno [sem direito a mergulho, para garantir que consigo cumprir todos ou outros desejos desta lista]. 
  • Ter novas ideias para o it's carol e não deixar que o blog seja apenas mais um neste infinito universo digital. Quero sempre que seja um bocadinho de mim e que possa chegar a outras pessoas que se identifiquem [e, já agora, que fiquem!].
  • Observar o nascer do sol mais vezes e continuar a ver o pôr do sol e os desenhos das nuvens no céu ao final da tarde. Momentos que trazem inspiração e paz de espírito [com sinceridade, sem ter ido consultar livros de autoajuda, juro!].

 

  • Fotografar mais. As fotografias são memórias, representam o momento, mas não o são. Têm um significado especial, principalmente quando as vimos algum tempo depois de as termos tirado. Há fotografias que impedem momentos, sei disso e é por isso que guardo na memória alguns bons momentos que não estão guardados em mais lado nenhum. Porém, há disparos que são necessários. Porque o para sempre é relativo e a fotografia permite que essa relatividade seja esquecida. Nas fotografias, até naquelas que tiramos com o telemóvel, as pessoas, os locais, as coisas da nossa vida ficam intactos e é sempre bom voltar a revê-los.  
  • Escrever sempre. Rascunhos, apontamentos, posts para o blog, ideias que se ficam pelo papel. Mas este ano escreverei muito e cada vez mais. Escreverei sobre o que existe e o que podia existir [que acaba por existir na minha cabeça]. E por mais que escreva [umas vezes melhor, outras nem por isso], desenharei sempre as palavras em que acredito e partilharei as letras que trago no bolso para que não falte nunca a escrita, essa arte que me aquece o coração. 
  • Ler mais. E ler sobre mais. Ainda que me prendam os romances de autores estrangeiros, ainda que devore esses livros como quem devora um gelado no primeiro dia de verão, este ano quero ler autores portugueses. Quero experimentar sair da zona de conforto das histórias de amor que terminam com finais felizes, mesmo que saiba que nunca as vou abandonar. Mas fico feliz por estar prestes a regressar às minhas leituras, após uma época de intensa literatura universitária [vamos chamar-lhe assim, pode ser?]. Sugestões de livros para 2018?
  • Importar-me com o tempo [não mais do que em 2017, porque daria em louca], mas darei mais valor ao tempo que passo com a família, os amigos ou até mesmo sozinha. Farei figas para que o relógio não me controle tanto, para que o dia não tenha de ser vivido com a pressa de cumprir os horários. Mas o tempo não me dá descanso. Gostava que ele fosse justo e não passasse tão depressa quando eu mais quero que ele não passe. O tempo é tramado e se me continuar a ocupar tanto tempo, continuará a ser um tema frequente no blog. 
  • Zero ideias para começar a escrever este último desejo porque [admitam!] é difícil começar uma frase com a letra Z. Mas acho que 2018 vai ser assim, um ano com frases difíceis de começar. Venha ele. Estou pronta para descobrir novas palavras!

 

Lista extensa, não acharam? Pois, eu sei que sim, mas em época de saldos a pessoa comete sempre um excesso ou outro. Sabem como é, vantagens de pedir desejos em janeiro! 

 

No fundo, o que quero mesmo é conseguir concretizar o desejo que está escrito na vertical [com a primeira letra de cada desejo, caso não tenham dado por isso] :)

 

Carol

 

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06.Jan.18

Reinado de 2018

Depois de algum tempo ausente, regresso ao trono do blog para dar início ao reinado de 2018 no it's carol. Calhou ser no Dia De Reis [das rainhas, dos príncipes e das princesas, pode ser?]. Calhou apetecer-me voltar e, no entretanto, ter tempo para fazê-lo. O ano mudou e deve ter sido nessa mudança de carruagem que se agarrou a mim uma qualquer [e forte] constipação que me tem [pelo menos] permitido ser a rainha do robe comprido, das meias quentes e dos pijamas de algodão cá de casa. Também já me aventurei por outras terras e dei início à época de exames no castelo da minha faculdade, onde nas próximas semanas é provável que me sinta mais próxima de ser um bobo da corte do que uma rainha. 2017 acabou ranhoso e sonolento, mas 2018 está aí todo redondinho [olhem para ele todo cheio de curvas!]. Que seja um ano nobre. Que o sangue nos continue a correr vermelho [nestas coisas da saúde, é melhor não arriscar e pedir sangue azul]. Que o povo continue unido. Que o trono nunca esteja suficientemente alto para que possamos descer sem cair, mas que não sejamos bobos da corte vezes de mais. Que sejamos felizes para sempre [ou pelo menos em 2018!]. 

 

Abanem muito o capacete, coroa já não é coisa que se use! 

 

Carol

 

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