E tudo agosto levou...
Isto está a chegar ao fim. A verdade é que agosto [se for ao nosso gosto] pode ser um dos meses mais felizes do ano. As férias, os dias longos, as praias e as piscinas, a família e os amigos, as viagens e o descanso. Eu juro que era sobre o fim de todas estas coisas maravilhosas que eu estava a escrever um post, mas vamos ser sinceros e deixar-nos de clichés: o que é que [efetivamente] muda com o fim do mês de agosto de 2017? É a última oportunidade para ouvirmos o Despacito sem fingirmos que aquela é a melhor música que ouvimos em todo o verão [quando na verdade já ninguém aguenta o pasito a pasito do Luis Fonsi que só quer conquistar uma miúda poquito a poquito], ainda no mercado das músicas-que-todos-ouvem-no-verão será também a última rodagem dos sons latinos e dos ritmos alegres [não tarda muito para estarmos a ouvir as músicas natalícias do Michael Bublé], acabam-se as fotos de bikini-sempre-desprevenidas numa qualquer praia do sul [a partir de agora, vale o melhor throwback summer17], os festivais de música preparam-se para meter baixa [mas para o ano estamos lá outra vez porque é fixe colecionar pulseiras mesmo que não façamos a mínima ideia de quem são os artistas que vão atuar] e arrumam-se os flamingos [pobres coitados, devem estar com as patas enrugadas de passarem tanto tempo dentro de água]. Mas nem tudo é mau com o final do mês de agosto. Tudo é péssimo! As televisões começam a passar [em loop] anúncios sobre o regresso às aulas, o bronze mostra que não veio para durar para sempre, os despertadores começam a tocar à hora que a que antes nos deitávamos, o peso na consciência de quem prefere ficar deitado no sofá a levantar-se e fazer pela vida regressa de férias e acaba-se rapidamente a boa vida. Mas nem tudo é tão péssimo assim. Daqui ao natal é um saltinho.
É uma chatice isto de ter de descer da época alta. E, já agora, é verdade que as previsões indicam chuva para os próximos dias?
Carol