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it's carol

Um blog sobre tudo. Sobre o que me apetecer. Acima de tudo, sobre o que sou.

31.Ago.17

E tudo agosto levou...

Isto está a chegar ao fim. A verdade é que agosto [se for ao nosso gosto] pode ser um dos meses mais felizes do ano. As férias, os dias longos, as praias e as piscinas, a família e os amigos, as viagens e o descanso. Eu juro que era sobre o fim de todas estas coisas maravilhosas que eu estava a escrever um post, mas vamos ser sinceros e deixar-nos de clichés: o que é que [efetivamente] muda com o fim do mês de agosto de 2017? É a última oportunidade para ouvirmos o Despacito sem fingirmos que aquela é a melhor música que ouvimos em todo o verão [quando na verdade já ninguém aguenta o pasito a pasito do Luis Fonsi que só quer conquistar uma miúda poquito a poquito], ainda no mercado das músicas-que-todos-ouvem-no-verão será também a última rodagem dos sons latinos e dos ritmos alegres [não tarda muito para estarmos a ouvir as músicas natalícias do Michael Bublé], acabam-se as fotos de bikini-sempre-desprevenidas numa qualquer praia do sul [a partir de agora, vale o melhor throwback summer17], os festivais de música preparam-se para meter baixa [mas para o ano estamos lá outra vez porque é fixe colecionar pulseiras mesmo que não façamos a mínima ideia de quem são os artistas que vão atuar] e arrumam-se os flamingos [pobres coitados, devem estar com as patas enrugadas de passarem tanto tempo dentro de água]. Mas nem tudo é mau com o final do mês de agosto. Tudo é péssimo! As televisões começam a passar [em loop] anúncios sobre o regresso às aulas, o bronze mostra que não veio para durar para sempre, os despertadores começam a tocar à hora que a que antes nos deitávamos, o peso na consciência de quem prefere ficar deitado no sofá a levantar-se e fazer pela vida regressa de férias e acaba-se rapidamente a boa vida. Mas nem tudo é tão péssimo assim. Daqui ao natal é um saltinho.

 

É uma chatice isto de ter de descer da época alta. E, já agora, é verdade que as previsões indicam chuva para os próximos dias?

 

Carol

 

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29.Ago.17

O que ando a ouvir [#8]

No verão há sempre um lado mais nostálgico que me leva a ouvir músicas antigas [e com isto refiro-me a músicas que ouvi do verão do ano passado ou de há 6 anos atrás, é indiferente]. Porque não partilhar convosco [bem do fundo deste coração nostálgico] as músicas que andei a ouvir este verão?

 

Nathan Sykes - Over and Over Again

[adoro adoro adoro esta música e não sei porquê, mas isso faz-me adorá-la ainda mais]

Little Mix - Secret Love Song ft. Jason Derulo

[uma das minhas músicas do verão passado, gosto tanto!]

Jason Derulo - Trumpets

[antes de Wiggle e Talk Dirty, gostava muito do Jason Derulo em Trumpets]

James TW - When You Love Someone

[para ouvir a música e ver o videoclip...]

Darko - Para Nunca Mais Acordar

[esta está sempre nas minhas playlists de verão]

 

Mais alguém com playlists nostágicas por esta altura?

 

Carol

22.Ago.17

Aproveitar o que resta do verão

De regresso. A casa, mas ainda não às rotinas. Sobram uns dias para encerrar as férias de verão deste ano. Por enquanto, arrumam-se as bagagens e repõem-se no lugar tudo aquilo que também teve direito a férias. Fica a sensação do relógio traiçoeiro que empurra as horas demasiado depressa e faz os dias passarem a correr. Nunca há só descanso, mas há sempre o cansaço bom dos dias longos e bem aproveitados. Até é estranho voltar. E [sem volta a dar] volta-se depressa, a querer voltar devagar. Prolongam-se as memórias e reveem-se as fotografias. Enquanto o relógio só faz o que quer e não nos deixa voltar atrás no tempo, ocupamos o tempo presente com aquilo que ficou de um [ainda que recente] passado feliz. E nada substitui a água fresca, o sol na pele, o cabelo molhado, os pés descalços, a roupa leve e o calor dos dias e das noites. A temperatura desceu [um bocadinho, só] com o regresso, mas o calor volta com as memórias. Agora é aproveitar o que resta. Perto do que será o resto do ano. O termómetro ainda permite a roupa leve, os pés descalços e uns banhinhos no poliban aqui de casa. Porque não há nada como estar em casa. E melhor do que a sensação de estar cá é a sensação de voltar para cá.

 

O verão ainda não acabou. Acaba quando e onde quisermos. Uma [boa] parte dele já passou [é verdade!] e quanto a isso não há nada a fazer,

 

Carol

 

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16.Ago.17

Às páginas tantas [#3]

O primeiro livro que recebi da Editora O Castor de Papel foi Corações na Escuridão de Laura Kaye. Nunca tinha lido nada desta autora e por isso confesso que não tinha qualquer expectativa formada. Corações na Escuridão é uma história apaixonante e peculiar entre duas pessoas, Makenna e Caden, que se conhecem num elevador avariado e totalmente às escuras. A verdade é que os protagonistas começam a conhecer-se sem nunca sequer se terem visto pois, exatamente no momento em que Makenna entra no elevador, este avaria e deixa-os durante horas na escuridão total. Makkena e Caden dão então início a uma conversa que os apresenta e revela muito mais de cada um do que qualquer outra conversa às claras conseguiria revelar. E é na escuridão que os protagonistas se apaixonam, mas também é na escuridão que se escondem os seus medos e segredos. Estarão os seus corações preparados para amar de luzes acesas? E a história que cada um deles tem para lá daquele elevador? As marcas na pele de Caden, as suas tatuagens, decidirão o futuro daquela relação? Estas são apenas algumas das perguntas que levantamos durante a leitura e para as quais havemos de encontrar respostas [não para todas, mas para algumas]. É uma leitura fácil e até rápida, boa para depois de um mergulho. Fica ainda muito por dizer e é por isso que já estou curiosa para ler Amor às Claras, a continuação [com luz] de Corações na Escuridão.

 

Às páginas tantas, o mundo seria muito diferente se nos conhecêssemos todos às escuras [não necessariamente em elevadores avariados].

 

Carol

 

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14.Ago.17

Aqui. Sem rede. Com muitas ligações.

Aqui não há wi-fi e a rede móvel é pouca, mas as pessoas conectam-se de outras formas. Aqui as redes sociais ligam-se à sombra de uma árvore ou na mesa de um café local e as partilhas passam por memórias do passado e reencontros no [e do] presente. Aqui os dias recarregam as baterias e viciam-nas na intensidade com que tudo acontece. Aqui a memória nunca está cheia porque há sempre espaço para mais. Aqui tudo acontece em tempo real, até no replay das almas mais nostálgicas e nas pausas a que a vida obriga. Aqui veem-se as estrelas no céu e favoritam-se as noites quentes. Aqui partilham-se histórias e gosta-se de pessoas. Aqui a calma é o melhor filtro para as rotinas que se cumprem devagar. Aqui a vida não se desliga, vive-se vagarosamente, ao ritmo que tem de ser. Aqui o tempo não anda atrás do tempo que se vive fora daqui. Aqui estamos longe de muito, mas perto de tanto. Aqui é diferente porque só assim faz sentido. Aqui as ligações fazem-se sem fios porque os corações não se ligam uns aos outros através de cabos. Aqui não há wi-fi e a rede móvel é pouca, mas as pessoas conectam-se de outras formas.

 

Escrevo daqui. Com a bateria carregada, a memória cheia e outras redes que também fazem falta. Porque é importante irmos desconectando para ficarmos realmente conectados.

 

Carol

 

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12.Ago.17

Quando as nossas memórias não cabem na memória do nosso telemóvel

A memória do meu telemóvel está constantemente cheia. Cheia de outras memórias que me dizem mais [muito mais] do que alguns gigas de que preciso para imortalizar um momento. Não é que ache que as memórias só cá ficam se forem registadas, mas há fotografias que pintam com cores nítidas as nossas recordações e as tornam muito mais próximas de nós. O verão enche-nos a alma e [pelo menos a mim] a memória do telemóvel. Por mais que passe tudo o que tenho para o computador, uns dias depois já não tenho espaço para nada. Será assim até ao último pôr-do-sol. Porque gosto de ir guardando [enquanto não sou obrigada a apagar] os sorrisos que ficam, as cores que cobrem os dias longos, as paisagens que se mostram bonitas por estes dias, as pessoas que se vestem [e despem] com as sensações da estação. E há sempre de tudo neste telemóvel. Sempre até a câmara se recusar a captar o verão palpável. O mesmo verão que [nem a melhor fotografia] consegue captar com todas as dimensões. Mas as memórias [a minha e a do meu telemóvel] completam-se. Uma [nunca cheia e sempre com espaço para mais] só quer da outra [aquela que se mede aos gigas] o desenho das histórias mais bonitas que podemos contar a nós próprios. As nossas histórias, com as nossas pessoas, os nossos lugares, as nossas cores. As histórias em banda desenhada que nos chegam ao coração.

 

De memória cheia, mas sempre com espaço para mais,

 

Carol

 

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