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it's carol

Um blog sobre tudo. Sobre o que me apetecer. Acima de tudo, sobre o que sou.

22.Mar.17

Com o coração em Londres. E no resto do mundo.

O que é que está a acontecer? Mas que mundo é este? Que pessoas são estas? Porque é que não há respostas para estas perguntas? Porque é que têm de haver estas perguntas? Porquê? [permitem-me que seja egoísta] Mas já que só cá vivemos uma vez, então que seja para aproveitar a sério. Quero poder sair à rua sem medo de não regressar a casa, quero poder viajar sem ter receio deixar a viagem a meio, quero poder encontrar-me com amigos em sítios onde outras pessoas também se encontram com amigos sem termos de ser separados a qualquer momento, quero fazer tudo o que me apetece sem viver sobre o medo, o receio e a desconfiança que num segundo tudo vai mudar. Ninguém vive para sempre, ninguém sabe o futuro. Mas todos queremos viver. Inevitavelmente, expostos às surpresas que a vida tem para nos dar. Todos queremos viver. Não expostos às escolhas que outras pessoas [como nós] querem dar à nossa vida. Neste momento, se fosse possível, muitos viveriam em cápsulas, isolados e protegidos de todos os outros que são uma ameaça. Porquê? Porque somos ameaças uns para os outros? Escolhemos formas diferentes de aproveitar a única vez que vivemos. Isso não nos dá o direito de mudar a vida do outro, aquele que já viveria na cápsula se fosse possível e que por querer proteção vive cada vez mais isolado [fora da cápsula]. [sei que vou ser egoísta novamente, mas perdoem-me] Não nasci para viver numa cápsula, mas não vivo para estar num mundo assim. Decidi que me quero mudar. Para um mundo protegido. Para um mundo melhor do que este onde vivemos. Onde todas as pessoas tenham a mesma vontade de viver de quem só passa por cá uma vez. Onde se vendem os bilhetes de ida?

 

Com o coração em Londres. E no resto do mundo.

 

Carol

22.Mar.17

Copos e mulheres [as palavras do dia]

Dijsselbloem [estão a ler bem, se é que conseguiram ler]. É o nome do senhor que organizou umas quantas palavras numas frases que estão a ganhar destaque, principalmente, na Europa. É [só] o Presidente do Eurogrupo. Confesso-vos que não dou a atenção que devia às questões políticas e económicas que muitas vezes nos afetam, mas também não ando aqui a dormir [à exceção daqueles momentos em que a pessoa precisa mesmo de descansar]. O que o senhor [esperem lá, vou copiar o nome dele novamente] Dijsselbloem disse foi “Não se pode gastar dinheiro em copos e mulheres e, depois, pedir ajuda” [não exatamente assim, mas há tantas traduções que acabei por escolher esta]. Saiu-lhe. Disse o que pensava. A sinceridade nunca fez mal a ninguém, não é? Podia ter arranjado uma frase melhor já que queria tanto fazer referência aos bons vinhos que se produzem nos países do sul da Europa [inclusive em Portugal] e às mulheres mais bonitas do mundo [que por acaso também são portuguesas]. O senhor precisava de falar, temos de compreender. Precisava de mostrar aquela invejazinha que tem por não poder gastar o seu dinheiro em copos e mulheres e depois "dar-se ao luxo" de pedir ajuda para reaver o dinheiro. Cá para mim, foi mais por isso que ele falou. Mandou a indireta como quem não quer a coisa, foi o que foi. Quis exprimir-se, só se esqueceu que estava a fazê-lo perante todo o mundo. Perante homens e mulheres. Perante todos os que moram no sul da Europa. Aqueles que gastam dinheiro em mulheres [se fosse "com mulheres" eu compreendia, somos um género muito dispendioso, adoramos ir às compras] e em copos [uma parte importante para a decoração de uma casa, bem visto].
Mas, senhor Dijsselbloem, estamos no século XXI, sabia?

Enfim, disse um disparate e tornou-se viral [o que agora tem muito valor]. Talvez seja despedido [foi o que ouvi dizer], é da maneira que tem mais tempo para fazer uma visitinha aqui ao sul. Gastar algum dinheiro em mulheres e beber umas belas minis. Já diz o ditado: ''Quem muito critica, no fundo admira''.

 

[só mais uma coisa, estou mesmo curiosa para ver como vão dizer o nome dele no telejornal logo à noite. É que, com este nome, a fama não vai durar muito. Não fica no ouvido, percebem?]
 
Incrédula com o que se diz por este mundo,
 
Carol

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